terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fitoterapia indicada contra leishmaniose


leishmaniose acompanha o homem desde os tempos mais remotos e tem apresentado nos últimos 20 anos um aumento do número de casos em todos os estados brasileiros. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença acomete cerca de dois milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente em países tropicais e subtropicais, e, é provocada pela picada de um inseto denominado flebotomíneo, também conhecido como mosquito palha ou birigui, mais comum em áreas de floresta ou cidades da zona rural.
Na sua forma cutânea, pode provocar úlceras ou lesões na pele. Na sua forma visceral, a doença também pode afetar órgãos internos, como fígado, medula óssea e baço. Atualmente, o tratamento recomendado é extremamente tóxico, à base de compostos químicos que provocam intensos efeitos colaterais. Pesquisas realizadas na Universidade Federal do Pará, no entanto, revelam que o extrato de uma planta amazônica pode ser eficaz contra a ação de uma das espécies de protozoários do gênero Leishmania, o que tornaria o processo de cura menos traumático. A planta é a Physalis angulata e o protozoário,Leishmania amazonensis.
A constatação é resultado dos estudos de Raquel Raick, aluna do curso de Biomedicina da UFPA e bolsista do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), juntamente com a professora Edilene Oliveira da Silva, do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA e do Instituto Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (INBEB), orientadora da pesquisa. As investigações empreendidas por professora e aluna, inclusive, renderam um trabalho recentemente contemplado com o 8º Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica, promovido pelo CNPq.
A intenção é que as pesquisas possibilitem a futura confecção de um medicamento manipulado. "Os compostos até então utilizados para o tratamento da doença não têm demonstrado eficácia devido à resistência criada por essas drogas em espécies causadoras de leishmaniose", explica Raquel Raick. Além disso, o esforço dos pesquisadores visa alcançar uma fórmula que não produza efeitos colaterais, como pancreatite, náusea e dor abdominal, sintomas constantemente relatados por pacientes tratados com os medicamentos químicos, por longos períodos.
FONTE: Beira do Rio - UFPA

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