sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Comprimidos e drágeas parecidos com doce podem confundir crianças


Em estudo realizado por hospital infantil, maioria mostrou saber a diferença entre guloseimas e medicamentos, mas aparência similar a doce induz ao erro

A cada quatro crianças, uma tem dificuldade de distinguir entre um remédio e um doce, segundo uma pesquisa apresentada nesta segunda-feira durante a Conferência da Academia Americana de Pediatria, em Boston. O estudo mostrou que os professores também confundiam as duas coisas – mostrando que um a cada cinco errou quando teve que diferenciar.

O estudo Candy or Medicine: Can Children Tell the Difference (Doce ou medicamento: as crianças sabem qual é a diferença?) foi conduzido por Casey Gittelman e Eleanor Bishop, pesquisadoras do Centro de Informações de Droga e Envenenamento do Hospital Infantil de Cincinnati.
Para o estudo, foi feita uma mistura entre doces e remédios, contabilizando 30 'comprimidos'. Então, as pesquisadoras escolheram randomicamente 30 professoras e 30 estudantes e pediram a eles que diferenciassem entre os medicamentos e as guloseimas. Além disso, os participantes do estudo foram questionados sobre como guardavam os remédios em casa e com qual frequência usavam os medicamentos.
A maioria dos estudantes (71%) foi capaz de distinguir entre um e outro. No caso dos professores, a taxa foi de 78%. Já as crianças que não sabiam ler tiveram resultados significativamente piores quando comparadas a aquelas que haviam aprendido a ler. Entre os erros mais comuns, segundo a pesquisa, estavam a confusão de M&M’s, balas e doces de manteiga de amendoim, com remédios para gripe e antiácidos.
"Frequentemente, a confusão ocorria com objetos circulares, normalmente com cores e brilhos muito semelhantes e sem nenhuma marca para distinguir entre eles", explicou Bishop. Além disso, 78% dos 60 estudantes e professores disseram que, em suas casas, os medicamentos não são trancados ou estão fora do alcance.
Segundo Bishop, é preciso educar as famílias sobre como guardar os medicamentos em segurança. As autoras do estudo também sugerem que a aparência dos medicamentos deve ser diferente dos doces para reduzir o consumo acidental de remédios. No Brasil, 35% dos casos de intoxicação por medicamentos ocorrem em crianças menores de 5 anos. Nos Estados Unidos, ocorrem 100.000 internações por ano por conta da ingestão indevida de medicamentos — dois terços das hospitalizações ocorrem em crianças com menos de 5 anos.

Fonte: Veja

Como prevenir acidentes
Saiba evitar a ingestão indevida:

  • • Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças
  • • Evite tomar remédio na frente de crianças
  • • Mantenha os medicamentos nas embalagens originais
  • • É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco
  • • Pílulas coloridas, embalagens bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não a estimule
Fonte: Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da FioCruz



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