Injeções sem agulha
Um sistema de auto-aplicação ajudará na adoção de medicamentos baseados em compostos biológicos, que não podem ser tomados por via oral porque não suportam a passagem pelo estômago. [Imagem: CrossJect] |
Injeções sem agulhas estão entre aquelas promessas nunca cumpridas da tecnologia, apesar das montanhas de dinheiro colocadas em pesquisas por grandes empresas do mundo todo.
Mas isto agora pode mudar, graças a um grupo de cientistas da França e da Alemanha, financiados pelo programa Eurostars.
Eles fundaram uma empresa, a CrossJect, que promete colocar as primeiras injeções sem agulha no mercado em 2014.
Não parece ser sem motivo que a novidade demorou tanto para surgir: o produto está baseado em nada menos do que 26 inovações diferentes e 370 patentes requeridas em todo o mundo.
Pressão variável
O princípio da injeção parece ser simples demais para não ter sido inventado antes.
Segundo os cientistas, o segredo está em uma variação de pressão, que começa elevada e vai declinando levemente, para garantir que todo o líquido seja introduzido sob a pele.
A tecnologia da CrossJect também usa gás, mas controlado de forma a variar a pressão em conformidade com cada passo da aplicação do medicamento.
A variação da pressão é controlada em milissegundos para que todo o medicamento seja injetado sem dor. [Imagem: Zeneo] |
Auto-aplicação de injeção
Mas a aplicação de uma injeção com agulha ainda tem seus riscos, e não pode ser recomendada para a população em geral. O grupo espera que seu aparelho resolva este problema.
Um sistema de auto-aplicação também ajudará na adoção de medicamentos baseados em compostos biológicos, que não podem ser tomados por via oral porque não suportam a passagem pelo estômago.
Fobia, dor e dinheiro
Mas o grande apelo aos pacientes deverá ser mesmo a fobia e a dor. Se eliminar realmente a dor, talvez o investimento se pague.
A empresa espera começar vendendo 150 milhões de "seringas sem agulha" em 2014 - uma parcela pequena do mercado atual de 12 bilhões de seringas com agulha por ano.
FONTE: Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário