Os brasileiros que sofrem com o Mal de Alzheimer poderão contar, a partir do segundo semestre de 2011, com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina, que reduz o ritmo de evolução da doença. O remédio será disponibilizado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o uso do medicamento, a evolução da doença é mais lenta, além de melhorar a parte cerebral, o desempenho do paciente nas questões de memória e de locomoção.Testes
O medicamento em cápsula está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começará a ser fabricado para o Ministério da Saúde. A produção é uma parceria entre o Instituto Vital Brazil (IVB), de Niterói (RJ), e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública.
A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou que o remédio em solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.
No entanto, somente após os testes de equivalência farmacêutica, o Rivastigmina estará apto a se credenciar para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Produção
O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo instituto, haverá economia para o governo.
Hoje, um frasco de 120 ml do remédio custa, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sairá por R$ 202,39.
O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 mg até R$ 3,40 por cápsula de 6 mg. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, duas doses diárias por pessoa.
O Mal de Alzheimer
A doença é degenerativa, ainda sem cura, e age de maneira silenciosa. Caracteriza-se pela perturbação de várias funções cognitivas, como memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.