segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mal de Alzheimer: medicamento fabricado e distribuido no SUS em 2011

Os brasileiros que sofrem com o Mal de Alzheimer poderão contar, a partir do segundo semestre de 2011, com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina, que reduz o ritmo de evolução da doença. O remédio será disponibilizado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com o uso do medicamento, a evolução da doença é mais lenta, além de melhorar a parte cerebral, o desempenho do paciente nas questões de memória e de locomoção.

Testes
O medicamento em cápsula está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começará a ser fabricado para o Ministério da Saúde. A produção é uma parceria entre o Instituto Vital Brazil (IVB), de Niterói (RJ), e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública.
A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou que o remédio em solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.
No entanto, somente após os testes de equivalência farmacêutica, o Rivastigmina estará apto a se credenciar para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Produção
O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo instituto, haverá economia para o governo.
Hoje, um frasco de 120 ml do remédio custa, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sairá por R$ 202,39.
O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 mg até R$ 3,40 por cápsula de 6 mg. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, duas doses diárias por pessoa.

O Mal de Alzheimer
A doença é degenerativa, ainda sem cura, e age de maneira silenciosa. Caracteriza-se pela perturbação de várias funções cognitivas, como memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Estudo contesta o uso de alcool gel para prevencão de H1N1 e outras viroses

Um estudo divulgado neste domingo, nos Estados Unidos, revelou que o hábito de usar álcool gel para lavar as mãos - difundido durante a pandemia de gripe suína (H1N1) no ano passado -, não é suficiente para proteger contra o vírus da doença ou de resfriados.

Apresentado em Boston durante a Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy (em português, "conferência intercientífica sobre agentes antimicrobianos e quimioterapia"), o trabalho foi orientado por Ronald Turner, da Universidade de Virginia.

Durante a pesquisa, 12 de cada 100 participantes que lavou as mãos com o álcool em gel adquiriram o vírus H1N1. Por outro lado, 15% daqueles que não o utilizaram contraíram a doença. "Os resultados deste estudo sugerem que a transmissão pelas mãos é talvez menos importante para a propagação do rinovírus do que se acreditava", afirmam os autores.

Fonte: eBand por Alice Agnelli

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fumo reduz efeito de remédios

 Tabagista precisa de quantidade maior de antibióticos, o que pode aumentar efeito colateral e tornar bactéria resistente

Rio - O cigarro prejudica o tratamento com antibióticos. Foi o que descobriram pesquisadores da Faculdade Leopoldo Mandic, em Campinas, ao verificarem a concentração de antimicrobiano na corrente sanguínea de 30 pacientes, sendo metade fumantes que consomem mais de 20 cigarros por dia. Conclusão: o remédio fez o dobro do efeito nos 15 pacientes não-tabagistas.

O produto usado na pesquisa foi o metronidazol, normalmente usado para doenças da gengiva e infecções ginecológicas. “Em alguns fumantes, a concentração do remédio correspondia quase à metade da quantidade que chegou no sangue dos não-fumantes. É um indício de que pode haver comprometimento da eficácia clínica do medicamento”, explica o pesquisador Rogério Motta.

A consequência é que o tratamento com medicamentos costuma ser mais demorado para quem fuma. “Especialmente no caso de antibióticos, isso pode causar efeitos colaterais, além de contribuir para a resistência da bactéria”, explica Juliana Ramacciato, outra pesquisadora.

Farmacêutica do Hospital do Fundão, Christiane Gomes alerta: “A partir do momento em que se aumenta a dosagem, o medicamento pode passar do nível de eficácia para grau de toxicidade”. Em vez de fazer o efeito desejado, pode causar algum mal, como dor de cabeça, náuseas, vômito, secura na boca e alergia ao remédio.

Fumantes devem estar cientes de que o tratamento pode não ter o efeito esperado. “O procedimento correto seria abandonar o cigarro, pelo menos enquanto estiver usando o remédio”, recomenda Motta.

OUTRAS COMBINAÇÕES PERIGOSAS

Misturas entre remédios, alimentos e bebidas podem causar intoxicação e, em alguns casos, até matar.

REMÉDIOS E BEBIDAS

Paracetamol + álcool: lesões de fígado. O uso recorrente pode matar. Não tome para curar ressaca. Espere 6 horas para beber após usar o analgésico.

Calmantes + cafeína: efeitos do medicamento podem ser anulados. Espere 12 horas para ingerir cafeína, mesmo que em doses pequenas.

Calmantes + álcool: pode diminuir a frequência da respiração e causar parada respiratória.

REMÉDIOS E ALIMENTOS

Broncodilatadores + gordura: remédio perde o efeito esperado e as crises respiratórias voltam muito antes do previsto.

Antibióticos quinolonas + laticínios: leite e derivados neutralizam o antibiótico. Espere três horas para tomar o remédio.

REMÉDIOS E REMÉDIOS

Inibidores de apetite + calmantes: irritabilidade, confusão mental, alteração de batimentos cardíacos e tontura. Não devem ser tomados juntos.

Antiácidos + Antibióticos: antiácidos diminuem absorção de antibióticos. Espere 1 hora.

Fonte: O Dia / Terra.com.br 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

25 de setembro é escolhido pela FIP como Dia Internacional dos Farmacêuticos Leia mais sobre 25 de setembro é escolhido pela FIP como Dia Internacional dos Farmacêuticos

O Conselho da FIP (Federação Internacional Farmacêutica) instituiu, por meio de votação realizada, no dia 28 de agosto de 2010 (sábado), 25 de setembro como o Dia Internacional dos Farmacêuticos. A decisão visa a dar uma unidade entre a categoria, no mundo inteiro.

A FIP está realizando, no Centro de Congressos de Lisboa (Portugal), o seu 70º Congresso, que tem por tema "Da molécula ao medicamento, com vista à maximização de resultados: uma viagem exploratória pela farmácia". O evento vai até o dia 2 de setembro. O Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, está, em Portugal, participando do Congresso.

Considerado o maior evento farmacêutico do mundo, o 70º Congresso da FIP reúne 3 mil profissionais e cientistas de 200 países. É, por excelência, um importante fórum de reflexão sobre os grandes temas da atualidade farmacêutica e de saúde em geral. Nele, são definidas as principais normas orientadoras que irão reger a profissão. O evento reúne 50 programas, cada um abordando diferentes assuntos em seminários, palestras, mesas redondas, workshops, fóruns, painéis, reuniões.

O Presidente vai defender, no Congresso, o fortalecimento da assistência farmacêutica, nos países sul-americanos. Ele defende a urgente a adoção, por parte das autoridades sanitárias do Continente, de políticas públicas que incluam os cuidados farmacêuticos no contexto da saúde pública.

Cita o "Curso de Aperfeiçoamento em Diabetes para Farmacêuticos", oferecido pelo Ministério da Saúde, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Conselho Federal de Farmácia, ADJ (Associação de Diabetes Juvenil) e outros órgãos, como exemplo de ação de saúde por meio dos serviços farmacêuticos. O curso vai capacitar 80 mil farmacêuticos de todo o Brasil, até o final de 2011, para que prestem cuidados a pessoas diabéticas.

Sobre o Congresso da FIP, Souza Santos declarou: "É a melhor oportunidade que farmacêuticos de todos os continentes tem para discutir a profissão, assimilar os avanços da ciência e apontar caminhos que levem à melhorias na saúde". Sobre a decisão dos membros do Conselho da FIP, de escolher o dia 25 de setembro como o Dia Internacional dos Farmacêuticos, o Presidente do CFF explica que é uma forma de a categoria ter uma data para lembrar da profissão, no mundo inteiro, e fazer com que as sociedades, também, conheçam a profissão.

Fonte: Assesoria de Imprensa do CFF
Autor: Jornalista Aloísio Brandão

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Estudo diz que consultar o farmacêutico nas farmácias pode poupar milhões aos serviços de saúde.


Estudo destaca a importância que o simples fato de uma pessoa ir a farmácia e pedir conselhos ao farmacêutico pode poupar milhões aos serviços de saúde.


O estudo foi apresentado durante o 70º Congresso Mundial da Farmácia e das Ciências Farmacêuticas, organizado anualmente pela Federação Farmacêutica Mundial (FIP) que este ano foi realizado em lisboa Portugal.

Um estudo realizado em 2009 pela PricewaterhouseCoopers e pela Associação Finlandesa de Farmácias revelaram que durante 2009 foram poupados na Finlândia 500 milhões de Euros, porque simplesmente as pessoas pediram conselhos ao farmacêutico para problemas gerais de saúde, em vez de correrem logo para o médico.

Erkki Kostiainen da Associação Finlandesa de Farmácias, explicou que já sabia o resultado do estudo, mais que apenas não tínhamos um estudo que provasse - Decidimos que valia a pena verificar quanto é que este trabalho gratuito levado realizado pelos farmacêuticos comunitários poderia poupar aos serviços de saúde. Pensávamos que a poupança seria substancial, mas é justo dizer que fiquei surpreendido ao descobrir o seu verdadeiro valor – disse Kostiainen em Lisboa durante o congresso.

Os dados foram apresentados durante um painel, foram demonstrados que a visita dos pacientes a farmácia antes de ir ao médico, impediram 6,2 milhões de idas aos médicos de clínicos gerais e 750 mil idas às urgências por ano. Ajudaram ainda a reduzir em 2,6 milhões a necessidade de prescrição de medicamentos.

Porém Erkki Kostiainen ressalta que estes dados e a ir a farmácia para pedir conselhos não substitui o médico - Em muitos casos, a orientação de um farmacêutico pode ser o que é preciso e, caso não seja, os farmacêuticos podem aconselhar uma ida ao clínico – diz Kostiainen.

Kostiainen conclui - Apesar da avaliação do estudo ter por base a opinião e experiência de médicos e farmacêuticos em vez de fatos, é um bom indicador do total das poupanças conseguidas. Não vejo razão para que estas conclusões não possam ser aplicadas a outros países.

Fonte: Congresso da FIP